terça-feira, 27 de outubro de 2015

Nem de táxi nem de bike; de táxi-bike

Você está andando de bicicleta pela cidade e, de repente, um pneu fura. Não há uma borracharia por perto, tampouco carrega os acessórios para fazer o conserto. Ou então você se cansa e resolve retornar para casa de táxi, mas não tem como acomodar a magrela no veículo. O que fazer nessas (ou em outras) situações? Caso esteja em Curitiba, uma opção é chamar um táxi-bike.
Nunca ouviu falar? Bem, é algo novo mesmo. O serviço de táxi-bike passou a ser oferecido na capital do estado no início de outubro. Trata-se, por enquanto, de 60 veículos que adaptaram um suporte no teto para transportar bicicletas. É uma ideia simples, a qual se soma às outras inovações em mobilidade urbana já implementadas em Curitiba. E tem tudo para dar certo.
Inicialmente são 60 veículos adaptados para levar as bikes - Foto: Valdecir Galor/SMCS
Coincidência ou não, o primeiro taxista a adaptar o suporte, Eugênio Custódio de Mello, há 37 anos na profissão, transportou o primeiro cliente. No momento em que saía da oficina, uma pessoa que acabara de comprar a magrela solicitou uma corrida.

Julio Abelardino também aderiu ao táxi-bike e, além de um serviço a mais para a população, vê uma forma de incentivar a prática de atividade física. Ele acredita que, ao sair para pedalar, o ciclista pode optar por voltar para casa confortavelmente de carro após fazer o exercício.
Jardim Botânico
É possível encontrar táxis-bike, por exemplo, no Jardim Botânico, que também ganhou um ponto de parada. Um dos principais atrativos turísticos da cidade, agora o local conta, na entrada, com uma área específica para os profissionais, logo atrás das vagas de estacionamento dos ônibus da Linha Turismo.
Sistema adotado na capital é diferente de alguns no país e no exterior - Foto: Valdecir Galor/SMCS
Curitiba tem 3.002 táxis e 1.988 vagas em pontos de parada. Entre 2014 e 2015 foram abertas 143 vagas, e a Secretaria Municipal de Trânsito estuda abrir mais 46.
Outros modelos
O serviço curitibano não chega a ser uma novidade, mas sim a forma como foi viabilizado. Em São Paulo, uma empresa está patrocinando a instalação de raques na traseira dos táxis, como é feito em carros de passeio. Já em Salvador circulam os velotáxis, ou seja, triciclos adaptados para levar passageiros. Porém, nesse caso, são bicicletas com uma estrutura própria para transportar pessoas, a exemplo da existente em alguns outros países.

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