quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Obras do metrô de Curitiba estão perto do início

Deve ser publicado até o começo de março o edital definitivo da concorrência internacional para a construção do metrô em Curitiba. A abertura dos envelopes com as propostas das empresas está programada para maio, com o início das obras em julho. Pelo menos essa é a previsão da prefeitura da capital paranaense, que realizou há sete dias uma audiência pública para debater o metrô e o edital com representantes de diversos segmentos da sociedade.

Uma vez iniciada, a primeira etapa deve ser entregue em, no máximo, seis anos. Essa fase compreende 17,6 quilômetros de extensão entre o Terminal CIC Sul e a Estação Cabral, abrangendo outras 12 estações. A implantação de toda a infraestrutura necessária para operação do metrô (obras civis, instalação da via, telecomunicação, sinalização...) custará cerca de R$ 5,4 bilhões.

Desse montante, o governo federal vai liberar R$ 1,8 bilhão a fundo perdido, ficando o estado e o município responsáveis pelo aporte de R$ 700 milhões cada um. O restante, aproximadamente R$ 2,2 bilhões, será investido pelo consórcio vencedor da concorrência.

O contrato de concessão será de 35 anos, prazo em que deverão ser realizadas outras duas etapas. A segunda é a efetiva operação dos serviços de transporte de passageiros no trecho compreendido na fase 1. Já a terceira se refere à complementação do sistema com mais cinco quilômetros entre a Estação Cabral e a Estação Santa Cândida, passando pelo terminal do Boa Vista.

O edital de licitação prevê uma concorrência do tipo menor preço, ou seja, vencerá a proposta com a tarifa mais barata, tendo como base o teto de R$ 2,45 estipulado pela prefeitura. O preço será corrigido pelo IPCA anualmente.

O deslocamento entre as estações da CIC e do Cabral deverá ser feito em 30 minutos. Hoje, percorrer a mesma distância de ônibus leva em torno de uma hora e 20 minutos. Assim, a mobilidade urbana – um dos principais problemas nas grandes cidades – terá um ganho de 50 minutos no trajeto.

Vantagens

Os investimentos serão vultosos e não poderiam ser arcados somente pelo poder público. Nesse caso, a parceria público-privada é essencial para a implementação de um sistema de transporte moderno, que tende a desafogar as ruas e a reduzir a lotação nos coletivos urbanos, principalmente nos horários mais críticos do dia.

Entre os benefícios, além da diminuição no tempo de viagem, a redução do estresse no trânsito e no número de acidentes. Para os passageiros dos ônibus, mais conforto, com menos pessoas disputando espaço e menos transtornos gerados pela lotação excessiva.

As estações do metrô deverão ter espaços comerciais. Assim, a economia da cidade também deve ganhar com a geração de empregos, seja na operação do sistema, nas lojas e em outros estabelecimentos, bem como nos serviços de limpeza e de vigilância que serão prestados, por exemplo.

Os terminais também poderão ter espaços para atividades culturais, ampliando o acesso da população a manifestações artísticas e o número de pontos para diferentes apresentações.

Trâmite de sete anos

O primeiro passo para implantar o metrô foi dado em 2007, quando a prefeitura lançou edital para a elaboração de estudos preliminares. Entretanto, nenhuma das empresas interessadas entregou os documentos para participar da licitação.

Em dezembro do mesmo ano foi lançado outro edital, mas cinco meses depois o processo foi suspenso pela Justiça. A retomada foi autorizada no início de 2009, quando foram licitados o projeto básico de engenharia e os estudos ambientais. Os contratos com as empresas vencedoras foram assinados em março.

Em 30 de outubro, a licitação foi novamente suspensa. Dois anos depois, o prefeito de Curitiba na época e a presidente Dilma Rousseff anunciaram os investimentos do PAC da Mobilidade do governo federal para as obras do metrô.

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Em campo ou fora dele, brasileiro gosta de GOL!

Sessenta e quatro anos depois, o “País do Futebol” voltará a sediar a Copa do Mundo. No dia 12 de junho, a seleção brasileira estreará em casa contra a Croácia com a responsabilidade de conquistar o hexacampeonato e de sepultar as lembranças da derrota na final do Mundial de 1950, quando perdeu para o Uruguai no Maracanã por 2 a 1.
 
Mas até entrar em campo, haverá muita coisa fora dele: o término dos estádios e das obras em hotéis, aeroportos e rodoviárias; o preparo para receber visitantes do mundo todo; ensaios da cerimônia de abertura; reuniões e mais reuniões, entre outras providências ligadas ao evento. Contra ou a favor, agora não tem mais volta, a competição será realizada. Como patriotas, resta-nos torcer para o Brasil fazer bonito na organização da Copa e para faturar o seu sexto título – de preferência com belas atuações e muitos gols.
 
E de gol o brasileiro gosta, seja dentro ou fora dos gramados. Uma prova dessa preferência extracampo é que o popular da Volkswagen segue imbatível nas vendas. Incontestavelmente imbatível! O veículo fechou 2013 com 255.057 unidades emplacadas – o 27º ano consecutivo na liderança entre os hatches de entrada.
 
Mesmo com a presença dos recentes lançamentos que prometiam abalar a sua posição, o Gol vendeu sozinho mais que venderam juntas duas novidades no mercado nacional e apostas da Chevrolet e da Hyundai: Onix e HB20, respectivamente. O carro da montadora norte-americana terminou o ano na sétima colocação entre os mais comercializados, com 122.333 unidades, contra 122.320 da coreana, em oitavo lugar.
 
Apesar de possuírem diferenciais tecnológicos e de design e mais equipamentos de série, maior prazo de garantia e menor preço de seguro em relação ao alemão, Onix e HB20 não conseguiram nem ultrapassar os italianos Uno e Palio, que fecharam 2013 em segundo e terceiro lugar respectivamente, com 184.362 e 177.014 carros vendidos.
 
Nem com alguns fatores jogando contra, como apenas um ano de garantia (exceto para motor e câmbio, com três anos), maior valor de seguro e o título de automóvel mais roubado no país, a liderança do Gol não foi ameaçada, e ele encerrou todos os meses no topo do ranking dos mais vendidos divulgado pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).
 
Talvez o acerto da suspensão, a harmonia entre câmbio e motor, a fama de bom de oficina, com baixo preço das peças e da mão de obra, bem como o tradicionalismo continuem sendo suficientes para o brasileiro manter o alemão em primeiro lugar ininterruptamente há quase três décadas.
 
E ao que tudo indica, o Gol continuará sendo a preferência nacional no segmento e fechará este ano como o campeão de vendas mais uma vez. Os lançamentos previstos para 2014 não devem abalar a sua liderança. Entre as novidades, o irmão mais novo Up!, que substituirá o Gol G4; o novo Ka, que se alinhará ao padrão mundial da Ford e se assimilará ao novo Fiesta; além do Sandero e do Uno, a ser reestilizados.
 
E a seleção brasileira? Bem, em relação a ela a aposta não é tão certeira, sendo mais prudente esperar para ver os resultados em campo.