terça-feira, 20 de setembro de 2011

Sem a colaboração de todos, a violência no trânsito não diminuirá

A Semana Nacional do Trânsito deste ano tem como tema: “Juntos Podemos Salvar Milhões”. Até o próximo domingo (25), Ministério das Cidades, Denatran e órgãos federais e estaduais realizam uma série de ações com vistas à conscientização sobre o respeito às regras de trânsito.

Entre as atividades está a veiculação de filmes publicitários, a divulgação de cartazes e fôlderes, o trabalho em mídia alternativa como busdoor, taxidoor, e ações em restaurantes, bares, casas noturnas, no Rock in Rio e nas redes sociais, além de blitze educativas.

O esforço, todos os anos, é para conscientizar as pessoas de que os acidentes ocorrem, principalmente, por falha humana. Ou seja, a conduta errada de motoristas e pedestres provoca mortes, sequelas à saúde, ferimentos e danos materiais.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que 1,3 milhão de pessoas morreram, em 178 países, no ano de 2009, em consequência de acidentes de trânsito. Diante dessa realidade, a ONU instituiu em 2010 a “Década Mundial de Ações para a Segurança no Trânsito, com a finalidade de reduzir em 50% as mortes no mundo até 2020.

Todas as campanhas e atitudes são válidas e necessárias, porém o mais importante é que cada pessoa entenda que ela é um possível agente causador de sinistros. As práticas cotidianas ao trafegar pelas vias, urbanas ou rurais, em veículos ou a pé, são preponderantes para um trânsito mais seguro.

Os motoristas sabem que álcool e direção não combinam, entretanto grande parte dos acidentes tem como agravante o consumo de bebidas alcoólicas. E por que isso ocorre? Porque eles bebem e não se veem como possíveis causadores de uma tragédia. Outros, mesmo conscientes de seu estado, arriscam dirigir.

Mas não é somente o consumo de álcool o principal fator gerador de acidentes. A irresponsabilidade, a pressa e o excesso de confiança são tão perigosos quanto trafegar sob o efeito de bebidas alcoólicas ou de drogas. Há vários exemplos de situações capazes de ocasionar sinistros. Entre eles:

Transitar acima da velocidade permitida;
Usar telefone celular ao dirigir;
Não guardar distância segura para o veículo da frente;
Furar o sinal vermelho;
Atravessar fora da faixa de pedestres...

Quem nunca flagrou, ou mesmo cometeu, alguma dessas infrações? Por isso, o segredo para mudar as estatísticas está dentro de cada um de nós. Devemos refletir e tomar atitudes seguras. Ter as leis sempre frescas na memória e colocá-las em prática contribuirão, certamente, para um trânsito mais humano, menos violento e fatal.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Bebidas alcoólicas e cigarros deveriam financiar a Saúde

Comprovadamente danosas, essas drogas poderiam ser sobretaxadas para custear a demanda do setor

Num momento em que o Congresso Nacional discute a necessidade de se criar um imposto, ou ressuscitar a famigerada CPMF, para financiar o aumento das despesas na saúde pública, por que não fazer com que as empresas de tabaco e de bebidas arquem com os investimentos extras, já que seus efeitos só fazem mal à sociedade? 

O fumo e o álcool provocam doenças, mortes, problemas sociais e obrigam o governo federal gastar milhões por ano para tratar os dependentes e adoentados. Então seria muito justo sobretaxar aqueles produtos, de modo a arrecadar os recursos para oferecer saúde pública de qualidade aos brasileiros e não fazê-los pagar mais tributos. 

O cigarro e bebida viciam e matam, entretanto são drogas autorizadas para o consumo. A venda delas gera lucros exorbitantes às fábricas, na maior parte multinacionais. Ou seja, no mundo inteiro esses produtos nada mais geram que males às pessoas e divisas para governos e fabricantes. 

Essa é a indústria da morte. E os números comprovam isso. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 200 mil brasileiros morrem por ano em decorrência do fumo. Cada cigarro contém 4.700 substâncias tóxicas, que causam cânceres, enfisema, problemas respiratórios, entre outras doenças. A OMS estima que cinco milhões de pessoas faleçam no mundo, por ano, devido ao tabagismo. 

Em relação ao consumo de álcool, a OMS aponta a morte de 2,5 milhões de indivíduos no planeta, a cada ano, por alguma das aproximadamente 60 doenças e ferimentos ocasionados pela droga. Isso sem contar os milhares de óbitos em acidentes de trânsito e em desentendimentos pessoais — consequências diretas do consumo abusivo de bebidas alcoólicas. 

Governo estuda 
a possibilidade 

Recentemente o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, apresentou a sugestão de um pacote que prevê a sobretaxação de cigarros e bebidas. Porém quer incluir o aumento no valor do DPVAT, seguro-obrigatório pago anualmente pelos proprietários de veículos automotores. 

Estaria também incluída a utilização do dinheiro dos royalties do pré-sal, bem como a elevação dos impostos aos bancos e a quem remete dinheiro ao exterior. Cobrar mais dos banqueiros é algo que deveria ocorrer no país há muito tempo, afinal todas as instituições bancárias faturam bilhões por ano com as dezenas de taxas pagas pelos correntistas. 

A mesma prática tributária poderia valer para as fortunas. Quem tem mais pode pagar mais! Contudo, acreditar que isso venha a ocorrer algum dia é utópico, pois os bancos e os ricos continuam a dar as cartas no território tupiniquim.